Vermelho: esta cor vibrante está entre as mais chamativas. O vermelho estimula o sistema nervoso autônomo ao mais alto grau, invocando uma resposta de adrenalina do “instinto de sobrevivência”; ele pode nos fazer salivar de fome ou nos tornar impulsivos. O vermelho também evoca sentimentos de paixão e excitação.
Azul: a força azul para acalmar e criar uma sensação de proteção ou segurança resulta do seu curto cumprimento de onda; a associação com o oceano e o céu são responsáveis por sua percepção como algo sólido e confiável. Estatisticamente, o azul é a mais apreciada das cores.
Amarelo: associado ao sol e ao calor, o amarelo estimula um sentimento de felicidade. Ele parece avançar espacialmente em relação às outras cores e também torna as cores circundantes mais vivas. O amarelo estimula a clara reflexão e a retenção de memória. Um amarelo mais brilhante e mais esverdeado pode causar ansiedade; um amarelo mais profundo evoca saúde.
Marrom: a associação do marrom à terra e à madeira cria uma sensação de conforto e segurança. A solidez da cor, por causa de sua conotação orgânica, evoca estabilidade e ausência de temporalidade. As qualidades naturais percebidas do marrom são rusticidade, ecologia, trabalho duro; sua conexão terrena conota confiança e durabilidade.
Preto: o preto é a cor mais forte no espectro visível. Com densidade e contraste dominantes, não parece recuar, nem avançar no espaço. Sua qualidade indeterminada evoca nos observadores o vazio, o espaço sideral e, na cultura ocidental, a morte. Seu mistério é percebido como formal e único, sugerindo superioridade e dignidade.
Violeta: o violeta é às vezes percebido como algo comprometedor, mas também misterioso e elusivo. O valor e o matiz do violeta influenciam muito sua comunicação: tons escuros aproximando-se do preto conotam morte; tons claros, mais frios, como lavanda, são oníricos e nostálgicos; tons avermelhados, como a cor fúcsia, são impressionantes e enérgicos; matizes de ameixa são mágicos.
Verde: com o comprimento de onda mais curto, o verde é a cor mais relaxante do espectro. Sua associação com a natureza e a vegetação transmite um sentimento de segurança. Quanto mais brilhante for o verde, mais jovem e enérgico. Verdes mais profundos sugerem crescimento econômico confiável. Verdes mais neutros, como oliva, evocam uma qualidade mais terrena. Contudo, o verde, no contexto certo, pode conotar doença ou decadência.
Laranja: mistura de vermelho e amarelo, o laranja produz sensações semelhantes às de suas cores de origem, como vitalidade e excitação (vermelho), e calor e amizade (amarelo). O laranja parece expansivo e aventureiro, mas pode ser percebido como ligeiramente irresponsável. O laranja mais escuro provoca a salivação e remete à sensação de luxo. O laranja mais brilhante conota saúde, frescura, qualidade e força. À medida que o laranja se torna mais neutro, sua atividade é reduzida, mas ele conserva certa sofisticação, tornando-o exótico.
Cinza: a mais neutra das cores, o cinza pode ser percebido como evasivo ou reservado, mas também pode ser formal, nobre e autoritário. Desprovido da emoção que a intensidade da cor transmite, o cinza pode parecer algo distante ou sugerir algo intocável. Pode também associar-se com a tecnologia, sobretudo quando apresentado como prata. Ele sugere exatidão, controle, competência, sofisticação e indústria.
Branco: em um modelo de cor subtrativa, o branco representa a presença de todos os cumprimentos de onda; em um modelo aditivo, é a ausência de cor. Ambos os modelos ajudam a intensificar a força dominante, pura e envolvente do branco. Como a mistura de todas as cores de luz, ele conota integridade e força espiritual. Ao redor de áreas com atividade de cor em uma composição - principalmente em torno do preto, que gera o maior contraste, o branco transmite a ideia de tranquilidade, dignidade e pureza.
Fonte: SAMARA, Timothy. Elementos do design: guia de estilo gráfico. Porto Alegre: Bookman, 2010. p. 110-111.